A importância da projeção e do gerenciamento de riscos

A importância da projeção e do gerenciamento de riscos

O gerenciamento de riscos é o processo de identificar e avaliar as ameaças e as oportunidades de um projeto, com o objetivo de minimizar as chances de insucesso. Essa avaliação pode fazer toda a diferença para garantir a segurança da equipe, a qualidade das entregas e o cumprimento dos prazos.

Neste artigo, você vai descobrir porque a projeção e o gerenciamento de riscos são etapas tão importantes para o bom andamento de um projeto. 

Por que é importante avaliar os riscos de uma operação

Em qualquer projeto, é fundamental identificar e corrigir todos os fatores que podem causar impacto negativo. O gerenciamento de riscos é uma área do conhecimento que se preocupa em avaliar as ameaças de um projeto. Em outras palavras, o gerenciamento de riscos serve para prever o que pode dar errado e tomar as medidas necessárias para evitar problemas. 

Avaliar essas ameaças é fundamental para garantir que os processos sejam realizados de forma correta e dentro do prazo. Além disso, a gestão de riscos ajuda a evitar acidentes de trabalho, garantindo a segurança e o bem-estar dos colaboradores da sua empresa. 

Os riscos podem ter diferentes origens, por isso é importante contar com um profissional capacitado para realizar o gerenciamento. Estratégia, política corporativa, financeiras, concorrência, tecnologia, regulamentação, clima, fundo de mercado, recursos humanos, fornecedores, tudo isso pode ser fonte de ameaças ao projeto. 

Realizar o gerenciamento de risco de forma eficiente é um dos grandes desafios dos profissionais de logística. Por isso, é essencial conhecer as diferentes formas de analisar os riscos e conter danos.

5 metodologias importantes para gestão de riscos

Existem diferentes metodologias de gerenciamento de riscos para garantir o sucesso de um projeto. Antes da análise, o profissional deve saber avaliar muito bem todos os aspectos do projeto para entender qual a melhor técnica para fazer a projeção e o gerenciamento dos riscos. Vale destacar que diferentes metodologias podem ser combinadas para obter melhores resultados. 

Selecionamos cinco metodologias importantes de gestão de riscos para você conhecer. Confira a seguir. 

1. PMBOK

A Projetc Management Body of Knowledge (PMBOK) é uma metodologia de gestão de riscos que consiste em um conjunto de ferramentas, técnicas e práticas que tem como objetivo identificar os potenciais riscos de um problema e preparar a instituição para solucioná-lo.

Para fazer isso, é preciso colocar em prática seis etapas:

  1. Planejamento e gerenciamento de riscos
  2. Identificação de riscos
  3. Análise qualitativa de riscos (com o objetivo de priorizar ameaças com mais probabilidade de impactar resultados)
  4. Análise quantitativa de riscos
  5. Planejamento de respostas aos riscos
  6. Monitoramento e controle de riscos

Um dos principais guias dessa metodologia é o livro “A Guide to the Project Management Body of Knowledge – PMBOK”, do instituto norte-americano Project Management Institute (PMI), que possui 170.000 associados que estudam gerenciamento de projetos.

O principal objetivo da PMBOK é diminuir a probabilidade de ocorrência e impactos de eventos negativos na organização e aumentar a de eventos positivos.

2. APR

A Análise Preliminar de Risco (APR) é uma metodologia baseada em um estudo realizado de forma detalhada antes da aplicação de um processo ou projeto.

Tem como intuito identificar os riscos que podem ocorrer durante um trabalho, ajudando a detectar e corrigir os problemas previamente que possam prejudicar a execução do projeto. Ou seja, é uma abordagem proativa.

Por isso, ela auxilia a promover um ambiente de trabalho mais seguro. Sendo assim, ela deve ser aplicada nas fases iniciais do desenvolvimento de novos produtos, serviços e na implementação de processos.

Para colocá-la em prática, ela deve ser realizada com todos os colaboradores envolvidos na atividade, que terão as informações mais relevantes sobre o trabalho.

É preciso seguir seis etapas: 

  1. Identificar os riscos e ameaças envolvidas no trabalho
  2. Listar as causas de cada um dos riscos
  3. Identificar quem está sujeito a esse riscos
  4. Avaliar possíveis efeitos do risco
  5. Realizar uma análise qualitativa das ameaças 
  6. Implementar as principais medidas de controle e prevenção

Esse processo poderá ser organizado em uma planilha com data, local, responsável e participantes, além da tabela com as atividades listadas.

Ao final, é preciso ter um documento robusto que correlacione um potencial risco com suas causas e consequências, determinando as principais medidas de prevenção, correção ou controle.

3 – FMEA

A Failure Mode and Effective Analysis (FMEA), também conhecida como Análise dos Modos de Falha e Efeitos, tem como intuito identificar e analisar as possíveis ameaças e falhas dentro de um processo da organização.

Para isso, é preciso fazer um levantamento complexo de todos os pontos que envolvem um processo. Isso inclui:

  • Processo
  • Função do processo
  • Falhas a que o processo está sujeito
  • Causas das possíveis falhas
  • Efeitos causados pelo erro
  • Como detectar essas falhas
  • Ações recomendadas para cada falha
  • Responsável para lidar com cada falha

Além disso, são avaliadas outras três questões para cada falha, que devem ser classificadas com um índice de 0 a 10 cada:

  1. Ocorrência: causas e frequência da falha
  2. Severidade: efeitos e quão grave é aquela falha
  3. Detecção: como ela pode ser detectada

A partir da multiplicação dos índices acima é definido o Risk Priority Number (RPN). Quanto maior esse índice, maior é a criticidade da ameaça.

A prioridade de correção ocorre de acordo com a gravidade de cada ameaça. Isso acaba otimizando o processo de tomada de decisão em situações urgentes. 

4. Matriz SWOT

A matriz SWOT, também conhecida como matriz FOFA, é uma ferramenta gerencial que examina o ambiente interno e externo de uma organização buscando encontrar oportunidades de melhoria e otimização do desempenho.

Por ser uma ferramenta simples e prática, a matriz SWOT pode ser usada em empresas de qualquer porte ou segmento de mercado. O nome SWOT provém de quatro palavras que começam com as letras da sigla:

  • Strengths, que significa forças;
  • Weaknesses, que significa fraquezas;
  • Opportunities, que significa oportunidades;
  • Threats, que significa ameaças.

5. Análise de Monte Carlo

Por fim, mas não menos importante,Conhecido também como método de Monte Carlo ou MMC, a simulação de Monte Carlo é uma série de cálculos de probabilidade que estimam a chance de um evento futuro acontecer. Assim, são feitas diversas simulações para calcular probabilidades de um acerto ou perda.

Inicialmente, a simulação de Monte Carlo era mais voltada para áreas da física, matemática e biologia. Mas como a teoria consegue tornar em estatísticas algumas situações, ela passou a ser usada para embasar decisões e fazer a gestão de riscos.

A Simulação de Monte Carlo se provou útil em diversas áreas e tem sido uma técnica frequentemente usada por analistas do mundo todo, isso nas mais diversas áreas de finanças e investimentos. Seja através de software de amostragem ou por cálculos manuscritos.

Há como fazer a simulação de Monte Carlos através de cálculos, ou até mesmo com software voltados para o método. Existem três grupos de algoritmos MMC:

  • Erro-Unilateral;
  • Erro-Bilateral;
  • Erro-Não-Limitado.

Conclusão 

Uma gestão de riscos eficiente eficiente da sua empresa é capaz de antever as principais ameaças e deixar a empresa preparada para lidar com qualquer situação.

Para isso, é possível utilizar as melhores metodologias para gestão de riscos, que dão o suporte necessário para a sua organização criar planos de ações para lidar com as ameaças.

Uma ótima maneira de gerenciar riscos na cadeia de suprimentos da sua empresa é utilizando a tecnologia a seu favor. 

Menu